Museu de Arte Contemporânea de Niterói - Arq. Oscar Niemeyer
Quem visita a praça de 2.500 m² onde fica o Museu
de Arte Contemporânea de Niterói admira uma obra onde a técnica dá expressivo
suporte à arte. Foram necessários cinco anos para erguer a estrutura de quatro
pavimentos, com 300 operários se revezando em três turnos. Para tanto, foram
retiradas 5.500 toneladas de material em escavações e consumidos 3.200.000 m³
de concreto, quantidade suficiente para levantar um prédio de 10 pavimentos.
Com 16 metros de altura, o MAC nasce do chão numa base
cilíndrica única de 9 metros de diâmetro que sustenta todo o prédio, ancorada
numa sapata gigante de dois metros de altura. Um espelho d’água com 817 m² de
superfície e 60 centímetros de profundidade, confere leveza à construção.
A cobertura circular, com 50 metros de diâmetro e área de quase
dois mil metros quadrados, recebeu tratamento térmico e impermeabilizante.
A grande rampa externa de concreto vermelho conduz o visitante
através de 98 metros de curvas livres no espaço, às entradas dos pavimentos
superiores.
Na primeira entrada fica o pavimento de recepção e
administração. Logo acima, o segundo pavimento abriga o salão central de
exposições envolto por uma varanda circular envidraçada, destinada também a
exposições, totalizando uma área de mil metros quadrados, de onde se pode
admirar a paisagem panorâmica da Baía de Guanabara.
Os vidros do MAC foram fabricados com exclusividade para o
projeto. São 70 lâminas triplex, com 18 milímetros de espessura, na cor bronze.
Cada uma das lâminas mede 4,80m de altura por 1,85m de largura. As esquadrias
são em perfis de aço e estão inclinadas em 40º em relação ao plano horizontal.
Os vidros, super-resistentes, suportam peso equivalente a 20 pessoas. O último
pavimento também é destinado a exposições. Os pisos foram revestidos com 3.000
m² de carpete azul.
Descendo ao subsolo o visitante encontra um auditório para 60
espectadores e a área prevista para o restaurante, de onde uma fina janela
rasgada horizontalmente ao longo da fachada permite vislumbrar a beleza da Baía
de Guanabara.
A estrutura do MAC é complexa devido ao tipo de obra, solta no
ar, com um único apoio central e forma circular. Foi projetada para suportar um
peso equivalente a 400 kg/m² e ventos com velocidade de até 200 km/h.
Os projetos de iluminação ambiental e de iluminação monumental
são de autoria de Peter Gasper. No salão central de exposições, a claridade
proveniente do sistema de luz técnica é aproveitada para iluminação ambiental.
As reflexões nas paredes e a luz da clarabóia envolvem a totalidade do
ambiente.
Externamente, o monumento é iluminado por 34 faróis de avião,
instalados sob o espelho d’água na base do museu. A iluminação cria entonação
espacial e dá ênfase à leveza da estrutura principal. A luz tangencial se
prolonga acima do topo e se dirige para o céu.
Farnsworth House - Arq. Ludwig Mies van der Rohe
As principais características do projeto são a transparência (resultado do intenso uso da vedação em vidro), a fluidez dos espaços e a aparentemente inexistente conexão público-privado. Seu desenho é composto por linhas mínimas, uma linguagem de planos superpostos e a ilusão de que ela está flutuando sobre o solo. A estrutura metálica foi usada csistema estrutural, tendo no desenho dos pilares uma característica singular da casa.
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