quinta-feira, 11 de setembro de 2014

MUSEU DE HISTÓRIA DE NINGBO & MUSEU DA MEMÓRIA E DOS DIREITOS HUMANOS




    O Escritório de arquitetura Amateur Architecture Studio foi o selecionado para o concurso do Museu de História de Ningbo, seu projeto obteve destaque pela utilização de materiais reutilizados da Vila de Ningbo. Essa diferença de materiais cria uma textura única para a edificação. A forma e a volumetria do projeto são inspiradas no relevo montanhoso da cidade, levando uma característica da arquitetura chinesa, que é a utilização de elementos naturais na arquitetura. Por outro lado, o plano diretor, no qual é vetado a construção de edificações acima de 24 metros e entorno livre em até 100 metros de distância, foi incorporado na forma que remete a uma arquitetura brutalista.

Além da utilização dos tijolos e das telhas de demolição, internamente o edifício é revestido de bambu, planta nativa e em abundância na China. No entanto, a estrutura da alvenaria interna é de bloco de concreto e a estrutura em aço e concreto armado, misturando elementos locais e naturais com elementos contemporâneos.

O PROJETO E SUAS FUNÇÕES:
O acesso dos visitantes ao museu é feito a partir de um hall oval com mais de 30 metros de extensão, de onde partem três recortes verticais que abrigam as escadas, uma externa e duas internas, pelas quais os usuários seguem para os demais setores.
Tanto nas fendas que resultam da volumetria voltada para a área externa, quanto nas demais entradas e no lobby, salões secundários e pátios complementam a circulação do conjunto e conduzem aos espaços expositivos, às áreas administrativas e aos ambientes de apoio.

No volume voltado para o norte, cursos d’água complementam a distribuição dos ambientes. Eles repousam sobre jardins forrados de junco, partindo de uma pequena barragem localizada no centro do edifício e terminando em um generoso pátio de paralelepípedos. Nessa área, as fachadas são marcadas por fendas, de onde os visitantes podem avistar a cidade, os campos de arroz que ainda restam e as montanhas a distância.









A ditadura chilena de dezessete anos, imposta pelo General Augusto Pinochet ganhou espaço para ser lembrada e para não deixar em branco as inúmeras vidas perdidas.

A proposta conta com um edifício em barra que é apoiado em quatro pilares elevado do chão o que remete a ideia de elevação da memória e parece levitar.

Estruturalmente o prédio é composto de treliças metálicas que vencem um grande vão livre, e criam o desenho principal da edificação. O revestimento de painéis de cobre vazados garantem que a edificação receba iluminação natural, e ainda cria uma brincadeira com a luz, logo que durante o dia o que acontece dentro fica imperceptível e a noite, com a troca de luzes, é possível ver o museu no seu interior e evidenciar a sua estrutura metálica.

Internamente, as áreas de exposição, na barra, distribuem-se por três pavimentos que se configuram como caixas translúcidas afastadas das extremidades - é por essas extremidades e pelos rasgos na cobertura que se aproveita, de forma controlada, a iluminação natural. Na base do museu, que, assim como a barra, é composto por três níveis, encontram-se o estacionamento, as áreas administrativas e de apoio, o acesso e um auditório. É também nesse nível que se dá a conexão do museu com a estação metroviária Quinta Normal.







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