Objetos
de estudo e crítica:
- Casa de Cultura Mario
Quintana (CCMQ) /Flávio Kifer e Joel Goski
- Espacio VIAS-Centro
Creación Jóven / Estudio SIC
Estes espaços tem em comum
serem projetos de “rearquitetura”, ambos foram adaptados para atender a
necessidade da população local.
Sobre os espaços:
Espaço Vias - Centro de Criação Jovem
(Fotos externas 1 e 2)
Criado na cidade de Leon, Espanha, o Centro Vias foi
idealizado pelo escritório de arquitetura Estudio Sic com a intenção de
revitalizar uma estação de trem que estava inutilizada há algum tempo e
proporcionar um espaço útil para a juventude local.
O prédio original da estação foi transformado em um
grande e aberto espaço da galeria multifuncional enquanto que um novo prédio,
virado para a fachada norte foi elaborado para ser usado como auditório e com
escritórios.
O Espaço Vias tem em sua função, ceder espaço e meios
para que a juventude local possa trabalhar sua criatividade e desempenho
através de um ambiente que possibilite condições físicas para isso.
Umas das principais vantagens desse projeto são:
-Espaço de utilidade pública, pois permite que a
juventude utilize aquele lugar;
-Telhado verde no edifício anexo, mostrando preocupação
com o meio ambiente e também uma forma de proporcionar o devido conforto
térmico do prédio;
-Ambiente amplo e de fácil localização por estar no
centro da cidade e com grande circulação de pessoas;
-Permite a incidência de muita luz natural devido a
quantidade necessária de vidro empregado no projeto;
-O centro jovem pode ser visto também como uma maneira de
evitar que os jovens da cidade aonde ele fica sitiado não utilizem de
vandalismos, pois desse forma, eles possuem um espaço próprio, deles mesmos
para que possam trabalhar suas artes.
Mas em meio a todas as vantagens desse projeto, destaco a
desvantagem de sua estética.
Acredito que a forma que as fachadas foram planejadas e
compostas, não favoreceu o exterior do projeto. Não vejo encaixe de padrões
estéticos entre o prédio alvo da rearquitetura (Estação de trem revitalizada) e
o edifício novo. Não vejo semelhanças de estilo, e as diferenças entre o novo e
antigo estão muitos embaralhados.
Corte
1
Corte
2
Planta
Baixa
Foto
Externa 3
Foto Externa 4
Foto Externa 5
Foto Interna 1
Foto Interna 2
Foto Interna 3
Foto
Interna 4
Casa de Cultura
Mario Quintana
(Fotos externas 1 e 2)
Localizada na
Rua dos Andradas (Rua da Praia), em Porto Alegre. Seu
"reprojeto" teve início em 1980 com a compra do antigo prédio do
Hotel Majestic. A partir de 1983 se tornou patrimônio histórico. Desde então,
foi transformado em casa de cultura.
No mesmo ano,
através da Lei 7.803 de 8 de julho, recebeu a denominação de Mario Quintana,
passando a fazer parte da então Subsecretaria de Cultura do Estado. A obra de
transformação física do Hotel em Casa de Cultura, entre elaboração do projeto e
construção, desenvolveu-se de 1987 a 1990.
O projeto
arquitetônico foi assinado pelos arquitetos Flávio Kiefer e Joel Gorski, que
tiveram o desafio de planejar 12.000 m2 de área construída para a área
cultural, em 1.540m2 de terreno, transformando o que eram vários quartos de
hotel em grandes espaços, como mezanino, salas de cinema e teatros,
bibliotecas, salas de exposições, entre outros espaços.
Em 25 de setembro de 1990 a casa foi
finalmente aberta.
Os espaços da Casa de Cultura Mario
Quintana estão voltados para o cinema, a música, as artes visuais, a dança, o
teatro, a literatura, a realização de oficinas e eventos ligados à cultura.
Eles homenageiam grandes nomes da cultura do Estado do Rio Grande do Sul.
Umas das principais vantagens desse projeto são:
-Espaço de utilidade pública, pois permite que pessoas de
todas as idades utilize aquele lugar;
-Ambiente amplo e de fácil localização por estar no
centro da cidade e com grande circulação de pessoas;
-Espaço em memória de um grande poeta local, e outras
demais personalidades importantes para a cidade;
- Projetado somente com a finalidade de aproximar a
cultura do público geral;
Algumas desvantagens:
Por sua localização ser em uma avenida importante para a
cidade, há muita poluição sonora e as salas de cinema e teatros não tem o
isolamento acústico devido.
Foto
Interna 1
Foto
Interna 2
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Interna 3
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Interna 4
Foto
Interna 5
Foto
Externa 4
Foto
Externa 5
Foto
Externa 6
Corte
Esquemático
Acredito que os dois projetos sejam exemplo de “boa-arquitetura”,
sendo que trouxeram vida à um local que ficaria sem uso, criando dentro de suas
cidades grandes áreas públicas destinados ao lazer e bem-estar da população.
Textos:
Ana Maria Souza & Juliana Fernandes Bandeira.
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